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quarta-feira, 21 de julho de 2010

Divulgado pôster do remake "Don´t Be Afraid of the Dark"

Considerado como um dos tele-filmes mais bem sucedidos da TV americana, "Don´t Be Afraid of the Dark" de 1973 ganhou uma refilmagem produzida por Guillermo Del Toro.

Criatura do filme original de 1973

A película homônima de 1973, conta a história de uma mulher que é perturbada por criaturas que habitam a escuridão de sua velha casa. A confecção das criaturas pode parecer amadora, contudo funciona perfeitamente. Apesar do enredo simples, o filme tem uma boa ambientação e um ótimo clima. No Brasil o filme foi lançado em VHS como "Criaturas da Noite".

Refilmado pelo diretor Troy Nixey e produzido por Del Toro, "Don´t Be Afraid of the Dark" tem data para estreias; dia 27 de Janeiro de 2011. 

                                                                  
O diretor Troy Nixey impressionou Guillermo Del Toro pelo curta de fantasia, "Latchkey´s Lament" de 2007. 


O pôster e uma imagem da película foram divulgados nessa quarta-feira (21), no prestigiado evento nerd Comic Con 2010, que acontece em San Diego, na Califórnia. Sombrio, o cartaz mostra o desenho de uma garota assustada, e seguida pelas criaturas noturnas. Katie Holmes, que protagoniza o filme, está na primeira imagem divulgada de "Dont Be Afraid of the Dark".



Além de Holmes, o filme conta com Guy Pearce e Bailee Madison. O filme não tem data para estreiar por aqui.

domingo, 25 de abril de 2010

The Deadly Spawn (1983)

Existem filmes de terror muito bons, que mesmo fãs mais assíduos do gênero desconhecem. É o caso de "The Deadly Spawn" de 1983, que foi lançado no Brasil com o infâme nome "O Retorno de Aliens-A Geração Mortal", fazendo clara alusão ao filme "Alien" de 1978.

Apesar da picareta tradução do título nacional, o selo "Elite" lançou com poucas cópias esse filmão de ficção científica e terror, aqui no Brasil. "The Deadly Spawn" não fez muitos fãs por um bom tempo, até que a revista "Fangoria", especializada no gênero, ajudou a popularizar essa riquíssima produção B. Diz a lenda que o filme custou um pouco mais de U$20 mil. De fato tal orçamento me parece muito baixo, devido a qualidade dos efeitos especiais e da excelente concepção do alienígena. De outro lado, esse valor poder ser correto devido às precárias localizações da película, já que 90% do filme se passa dentro de uma única casa.

O enredo da trama é bem simples e manjado. Um meteorito cai em uma região interiorana dos EUA, com pequenas criaturas que só atacam através de sons. Elas invadem uma residência e se alojam no porão. A casa é ocupada por uma família que gradativamente se torna comida do extraterrestre. O diretor Douglas McKeown não poupa o espectador do gore e capricha nos cadáveres sendo comidos pelo monstrengo. Uma das cenas mais legais do filme, é quando o garoto Charles descobre a criatura alienígina no porão e presencia o monstro comendo a cabeça deforme de sua  mãe. Pena que o gurí seja tal ruim como ator, que parece indiferente quanto a terrível situação. Contudo a maquiagem e os efeitos dessa cena são incríveis para uma produção de orçamento paupérrimo.

Não esperem atuações sensacionais ou um enredo genial, mas sim um divertido filme de ficção científica e terror. Com o advento de sites de "torrent" e o lançamento do DVD nos EUA, "The Deadly Spawn" é um filme a ser descoberto por fãs do gênero.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Calafrios (1975)

Fascinado pelas produções baratas da produtora de Roger Corman, "American International Pictures" (AIP), o jovem David Cronenberg escreveu um roteiro de terror, misturado com ficção e erotismo. Evidentemente que "Calafrios" é uma tentativa muito bem sucedida de imitar os filmes da produtora estadunidense. O filme é seu primeiro trabalho como diretor de longas metragem. Como um mero estreiante, o cineasta canadense pecou em alguns detalhes básicos. Por exemplo, as precárias atuações, que segundo ele, era composta por amadores que foram selecionados diretamente da rua. Com exceção de Barbara Steele, "Calafrios" é um festival de rostos deconhecidos e pouco talentosos. Susan Petrie, uma das atrizes do filme, pediu para David Cronenberg lhe esbofetar, afim de faze-la chorar em suas cenas. A atriz que é danada de ruim, só conseguia passar sentimento de tristeza se levasse uma bela de uma surra antes dos takes.  Já o protagonista Dr.St.Luc é interpretado por um canastrão de marca maior chamado Paul Hampton. O homem é comparável à Steven Seagal, em relação a sua pouca expressão. Sua faceta é a mesma; desde quando uma sensual enfermeira se despe em sua frente até quando é perseguido por dezenas de zumbis tarados, tomados por um parasita hospedeiro.

"Calafrios" tem todas as marcas que Cronenberg levaria em seus filmes mais marcantes. Gore, sexo e muita ciência macabra. A película conta a história de um médico que acredita que os seres humanos perderam a excência e o instinto sexual selvagem que tinham nos primórdios. Afim de trazer a antiga luxúria a tona novamente, o médico insere vermes que insitam o sexo dentro de uma paciente. Decepcionado pelos resultados de sua experiência, o velho tenta retirar o verme da cobaia, mas acaba por mata-la e depois se suicida. Contudo, a morte dos dois não é suficiente para a extinção do verme. Consequentemente o parasita se espalha por todo um luxuoso condomínio canadense. A primeira vítima é um homem que mora no local e aparentemente teve relações sexuais com a cobaia do médico louco. Após passar mal e vomitar sangue, sua esposa se preocupa com seu estado de saúde e consulta o Dr.St.Luc, médico responsável pela enfermaria local.

Algumas cenas são memoráveis, como por exemplo aquela em que o pesquisador e amigo do protagonista, visita o condóminio e é subitamente atacado por vermes. Seu rosto então é tomado pelos parasitas que queimam sua face, afim de poder entrar em seu organismo. Desesperado o homem tenta tirar os vermes com um alicate, mas é surpeendido por um dos infectados que além de lhe golpear, enfia um repulsivo bicho goela abaixo.

Apesar de muitas furos no roteiro e atuações sofríveis, Cronenberg inovou ao introduzir ficção científica nessa película de terror B. O filme foi aclamado e foi um sucesso de boca à boca no Canadá e depois nos EUA, chamando atenção dos produtores da Terra do Tio Sam. Os efeitos especiais também são bons para a época e para o orçamento paupérrimo. Aliás, é bom frisar que um dos produtores do longa foi Ivan Reitman. Sim, aquele mesmo que dirigiu os dois "Caça-Fantasmas" e algumas comédias de Schwarzenegger, como "Júnior" e "Um Tira no Jardim de Infância" (blargh).

"Calafrios" é um grande e doentio (no bom sentido) cult, para todos os fãs desse grande cineasta fantástico chamado David Cronenberg.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

A Hora do Espanto (1985)

   A década de 80 para os jovens estadunidenses, foi marcada pelo surgimento da MTV, do videocassete, e do erotismo impregnado em todos os seguimentos do entretenimento. O gênero de horror vivia em 1985 uma pequena baixa, se relacionada ao começo da década onde os "slashers" tomava conta. Tom Holland, ator decadente de séries B para televisão, escreveu e dirigiu um "Fright Night", uma grande homenagem ao vampirismo cinematográfico. O roteiro mescla um humor leve, com efeitos especiais surpreendentes para época. Além de misturar elementos comuns entre os jovens da época, como músicas pop à la MTV, alguns peitinhos de fora e claro uma maquiagem convincente.

O cineasta debutante, que três anos mais tarde criaria o ícone Chucky (Brinquedo Assassino), escalou como o grande vilão do filme, o indicado ao Oscar por "Um Dia de Cão", Chris Sarandon. Boa pinta, o ator interpreta o charmoso vizinho do jovem Charley que é um fanático pelo ex-astro de filmes de terror e apresentador Peter Vincent (clara homenagem à Cushing e Price). O rapaz namora a virginal Amy, sua namorada de longa data. Certa noite Charley presencia uma cena inusitada, quando dois homens, recém chegados na casa ao lado, carregam um caixão para o porão vizinho. Curioso, o jovem decide besbilhotar o novo morador, pela janela de seu quarto.Charley nota que algo está muito errado, quando duas mulheres que entraram na casa do seu vizinho, são achadas mortas.

Jerry Dandridge é o nome do galante e misterioso homem que mora ao lado do adolescente, e descobre que está sendo observado pelo rapaz. A partir dai, Jerry mostra sua verdadeira face vampiresca  à Charley, afim de exterminar de vez com o problema de ser descoberto. Apesar de uma tentativa frustrada, o vampiro ameaça o adolescente de morte. Com ajuda de sua namorada, do amigo "Evil", e de seu ídolo Peter Vincent (Roddy McDowall), Charley busca matar a "criatura da noite" que mora na casa ao lado.

Depois de vilões como Jason Vorhees, Freddy Kruger e Mike Myers, "A Hora do Espanto" começou uma bem sucedida carreira de vampiros nas telas oitentistas. Películas como "Os Garotos Perdidos" e "Quando Chega a Escuridão" (da diretora recém oscarizada Kathryn Bigelow) viraram clássicos juvenis graças à película de Tom Holland. A ligeira comédia, somada aos ótimos efeitos especiais, conquistou uma legião de fãs que admiram o filme até hoje, consagrando como um dos melhores do gênero na década de 80. Dada a merecida homengam, o personagem Peter Vincent certa hora menciona que o público mais novo não acredita em vampiros e sim em homicidas mascarados. Clara alusão aos "slashers" que dominava as telas de cinema. Mas com toda a certeza, a partir de "A Hora do Espanto", os jovens passaram a ver com mais atenção os famigerados dentuços que existem desde os primórdios do cinema.

sexta-feira, 26 de março de 2010

A Casa do Diabo (2009)

Ti West é um jovem cineasta do interior do EUA, que brevemente será reconhecido como um expoente entre uma nova geração de diretores de terror. Em 2005, debutou com um filme de baixíssimo orçamento chamado, "The Roost". A película não vingou, contudo impulsionou o rapaz a criar mais um longa metragem. Graças à festivais de filmes fantásticos e independentes, "The House of the Devil", causou certo alvoroço e ganhou bastantes elogios. Também puderá, com a simplicidade de uma película oitentista, um clima tenso e incômodo e uma trilha sonora arrebatadora, West criou uma sensação na cena underground de horror.

Samantha é uma universitária que muda-se para uma nova pensão. Encantada com a nova moradia, a jovem trata de buscar um emprego o mais rápido possível, para pagar o tão sonhado aluguel de seu pequeno espaço. Após uma andança na cidade que reside, Samantha lê em um panfleto que precisa-se de uma babá e logo prontifica-se à telefonar para o número impresso no papel. Após receber uma resposta positiva, a universitária dirigisse para a inóspita residência que vai trabalhar por quatro horas. Sua melhor amiga Megan lhe dá carona para o local, apesar de sua desconfiança quanto aquele misterioso trabalho. Coincidentemente (ou não), a noite será marcada por um eclipse, que cobrirá a lua por horas.

Ao chegar no local, as jovens são recepcionadas por um homem muito alto e magro, que apoia-se em uma bengala. Ele oferece U$400 para Samantha, afim dela passar quatro horas com a velha sogra moribunda. Megan deixa a amiga na casa e dirige-se a um cemitério local. Enquanto isso, a outra universitária tenta passar o tempo com o que pode. Joga sinuca, dança ouvindo walkman (sim, o filme se passa na década de 80), pede pizza de pepperoni, entre outras coisas. Contudo, Samantha não sente-se segura na velha casa. Há algo de muito estranho no local que a incomoda.

Dos 90 minutos da película, posso afirmar que apenas os 10 últimos são efetivamente considerados terror. O clima "paradão" de quase toda película contribui para o desfecho perturbador e satânico. Com uma pitada de gore, "A Casa do Diabo" oferece uma violência bem equilibrada e nada gratuita, além de pequenos toques de humor. Aliás, pode-se dizer que o diretor e roteirista criou um filme no ponto. Apesar de não ser uma obra-prima do gênero, o longa é uma boa homenagem à clássicos oitentistas, onde o clima era o que mais interessava na história. A simplicidade do roteiro também é uma marca desse filme, pois não temos reviravoltas nem nada de muito novo. Entretanto os clichês são quase nulos, tornando "A Casa do Diabo" em uma pepita de ouro meio à cine-séries de "Torture porn" ou remakes hollywoodianos de bons (nem sempre) filmes estrangeiros.

A trilha sonora ajuda no climão pesado do filme. Fazia muito tempo que não ouvia nada tão bom no cinema de terror. De fato é um dos melhores "score" da década passada. Impressionante, ainda mais tratando-se de uma produção independente e de baixíssimo orçamento. "A Casa do Diabo" é um bom filme que tem fortes pretensões a se tornar um cult, tal como "Cabana do Inferno" de Eli Roth. Por falar nesse filme de 2003, Ti West, diretor de "The House of the Devil", dirigiu a continuação da película de Roth. Apesar de eu ainda não ter visto, posso afirmar que a opinião do povo não é das melhores. O novato cineasta em menos de um ano, criou um cult e dirigiu um "pepino". Quem sabe ele nos surpreenda positivamente no próximo trabalho?!

sexta-feira, 19 de março de 2010

Alta Tensão (2003)

Na última década, o cinema de terror francês alavancou ótimas e violentas películas, com roteiros inteligentes e muito bem elaborados. "Martys" e "À I´intérieur" são dois grandes filmes que facilmente cairam no gosto dos fãs do gênero. Com roteiros cheio de reviravoltas e poucos clichês, o terror francês da última década deu seu primeiro impulso com o excelente slasher, "Haunte Tension". Até então desconhecido, o talentoso francês Alexandre Aja dirigiu e roteirizou esse filme, que se estivesse em mãos americanas, certamente penderia para clichês fáceis e jovens imbecis.
Em "Alta Tensão", Marie (Cécile De France) é uma garota que decide visitar a casa da família de sua amiga Alexia (Maiween Le Bresco), localizada em uma zona rural francesa. Ao chegar na residência, em meio a um milharal, as jovens são recebidas pelo pai de Alexia. Durante a noite, uma misteriosa perua enferrujada estaciona na frente da porta da casa, onde todos adormecem, menos Marie. Um misterioso e forte homem toca a campainha incenssantemente, acordando o patriarca da família. De prontidão o pai de Alexia atende a chamada noturna, mas quando abre a janela para atender o misterioso visitante noturno, é surpreendido com um forte golpe na cabeça. Caído no chão da sala e à mercê do psicopata recém chegado, o dono da casa se arrasta para tentar subir as escadas, mas é novamente golpeado pelo brutal homicida. A partir dessa cena, "Alta Tensão" enche o espectador de muitos sustos, e impressiona com os litros de sangue jorrados de forma gratuita e brutal. O assassino abusa de armas brancas, tal como machado, lâmina de barbear, e até uma serra elétrica, trazendo nostalgia aos fãs de Leatherface e sua família. No caso do irmão caçula de Alexia, o serial killer opta por usar uma espingarda para acabar com a vida do menino vestido de cowboy.

Marie consegue fugir do homicida, mas não consegue salvar Alexia, que fica acorrentada dentro da velha perua do assassino. A jovem então, decide ajudar a amiga e passa a perseguir o psicopata. Alexandre Aja que eventualmente mudaria de ares para Hollywood, e passaria a ser conhecido como um cineasta de remakes (Piranha 3-D vem ai), criou em "Alta Tensão", uma obra gore que iria inspirar uma geração inteira de cineastas franceses de terror.

Depois de um pouco mais de uma hora de muito sadismo, eis que surge uma assustadora e inexperada reviravolta. Contudo nada é perfeito. O desfecho da trama (não será contado pois odeio SPOILER) deixa muitas perguntas no ar. Aja errou em alguns pontos do roteiro, deixando uma série de furos bem evidentes e sem explicação.

De qualquer forma "Alta Tensão" é um dos melhores filmes de terror europeu do novo século. A maquiagem, tal como as mortes, são incrivelmente realistas e muito bem elaboradas. E quer saber o melhor? Sem nenhum tipo de CGI barato para artificializar a a tensa atmosfera da película. O até então pouco conhecido cineasta francês produziu uma obra de terror por excelência, levando ao espectador um slasher inteligente e muito sádico.

Nota:9,0

quarta-feira, 10 de março de 2010

[Rec] 2 (2009)

Ao terminar de assistir o primeiro "Rec", em Agosto de 2008, fiquei instigado com toda história por trás da infecção do filme. Como a doença se propagou? O que de fato aconteceu no apartamento do último andar? Quem era a menina Medeiros? Ao subir os créditos o sentimento de frustração tomou conta de mim. Mas tal sentimento se tranformou em admiração pelo filme espanhol. Me tornei fã da obra. Adicionei a comunidade do filme no Orkut. Nem ousei ver a versão americana em "Quarentena".

Quando soube de sua continuação fiquei meio preocupado, afinal todos sabemos como são as continuações. Mas botei fé no talento dos dois diretores e roteiristas espanhóis; Jaume Balagueró e Paco Plaza. No começo de Março soube que o filme estava disponível na web. Sem cessar baixei e pude conferir hoje.

Ao terminar de assistir o segundo "Rec", há pouco minutos atrás, fiquei decepcionado com a história que a dupla traçou para a trama original. Em uma mistura de "Extermínio" com "O Exorcista", "Rec 2" quis inovar mas pisou feio na bola. Uma porque quis explicar a origem da infecção e da menina Medeiros. E entraram em um consenso original. Só que não souberam aproveitar. Pecaram em criar personagens sem graça e sem carisma, diferentes da simpática jornalista Àngela Vidal. Além disso, Plaza e Balangueró tiveram a coragem de inserir três adolescentes com espírito aventureiro na película. Coincidentemente os jovens estavam com uma Mine-DV para registrar tudo.

E os soldados armados que invadem o prédio no começo do filme (a melhor parte de "Rec 2")? Sem muita explicação os militares entram no local em quarentena, munidos de metralhadoras e duas câmeras para registro. A filmagem é incessante até mesmo na hora em que os militares estão cercados pelos zumbis. O agente do ministério da saúde revela que de fato é um padre cientista, em busca de um antídoto misterioso dentro do prédio. Tudo parece artificial se comparado  à primeira película

Apesar de ter bons efeitos especiais, "[Rec] 2 peca fatalmente no enredo, que no original era seu ponto alto. Nessa continuação, a trama decepciona e tranforma-se em apenas uma película normal de terror. De fato não seria uma bomba se não existisse o primeiro. Mas como [Rec] de 2007 é uma obra-prima do gênero, e comparando os dois produtos, torna-se evidente que a segunda parte virou um desastre.


Plaza e Balangueró estragaram a maior de suas criações, em pró do dinheiro nas bilheterias. Cairam do cavalo duas vezes, pois a continuação não foi um sucesso em renda na Espanha, além de ter sido massacrado pela crítica e fãs do original. Vou me poupar de maiores detalhes para não prejudicar as eventuais surpresas por trás da origem do vírus, mas garanto que vocês vão preferir esquece-lo o quanto antes.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Sexta-Feira 13 (1980)

Não consegui me conter quando vi o DVD de "Sexta-Feira 13" na prateleira de uma loja Americanas, no Centro de São Paulo. O clássico slasher, foi relançado em dvd pela Warner Bros. que comprou os direitos da Paramount. A qualidade do dvd é excelente, pois foi digitalizado e a imagem e som estão bem mais nítidas. Os extras também não devem nada ao original americano. O fã da série é presenteado com comentários do diretor e produtor Cunningham, além dos pequenos documentários sobre os bastidores do primeiro filme. Como é sabido, Jason não está presente com sua máscara de hóquei e seu respectivo facão nessa película. Aliás, ele só incorpora tais marcas registradas a partir do terceiro filme da cineserie. Nesse primeiro "Sexta-Feira 13", somos apresentados ao famoso Crystal Lake, antigo acampamento de férias fechado desde um brutal assassinato na década de 50. Dois monitores do local foram mortos enquanto faziam sexo. Anos depois, um homem da região decide reabrir o acampamento que para muitos é amaldiçoado. Sabe-se que no verão de 1956, um garoto deficiente morreu afogado no Lago Crystal graças à imprudência dos monitores. Com esse enredo, não precisamos saber de mais anda sobre a origem terrível de um dos monstros mais famosos do cinema.

"Sexta-Feira 13" traz as famosos mortes slashers que virariam febre no começo dos anos 80. Em primeira pessoa (herança de Carpenter por "Halloween"), o assassino mata sua vítimas e o espectador presencia tudo com os olhos do maníaco. No final da película somos surpreendidos pela identidade do psicopata. Trata-se da Sra.Vorhees, mãe do pequeno Jason que fora morto há anos. Sedenta de vingança, a progenitora do famoso monstro é acometida pela loucura e extermina cada pessoa que lhe cruzar o caminho. Tudo em pró de seu filho falecido.

As atuações desse filme são horríveis, tanto quanto o enredo babaca e cheio de cenas sem importância. Nenhum personagem da trama é mais carismático que a aberração que aparece nos minutos finais do filme. O garotinho deformado em estado de decomposição atacando a garota indefesa em uma canoa, mete um grande susto no espectador mais desavisado. A famosa trilha "kikiki .momomo" (mate mãe), introduz as matanças em Crystal Lake. Já a maquiagem do legendário Tom Savini ajuda no contexto gore da trama que tem poucos atrativos além da violência e da origem de Jason. Se assistisse na época de lançamento, provavelmente acharia uma porcaria esse filme, que envelheceu bastante em 30 anos. Ele não mete medo mais em ninguém. Até o franzino Kevin Bacon está apagado em sua primeira atuação em Hollywood como um dos jovens que ajudam o dono do local, a reerguer o acampamento depois de anos de abandono.

Se você for fã de terror e não assistiu a esse "Sexta-Feira 13" corra e se puder compre o dvd com os estras para se deliciar com a origem de Jason Vorhees.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Príncipe das Sombras (1987)

Nos últimos vinte anos, John Carpenter pisou na bola feio, se comparado com suas produções mais antigas. Chevy Chase em "O Homem Invisível" foi lamentável. Christopher Reeve em "Cidade Amaldiçoada" foi de muito mal gosto. E o que fizeram com o famoso Snake Plissken em "Fuga para Los Angeles"? Além das pérolas citadas, Carpenter decepcionou sua legião de fãs com "Vampiros" e o pior de sua carreira, "Fantasmas de Marte".

Muitos erros depois e Carpenter continua firme e forte no conceitos dos fãs do cinema de horror. E só lembrar dos clássicos do cineasta na década de 80. Depois de "Halloween" de 1978, Carpenter continuou a acertar mão em filmes como "Bruma Assassina", "Fuga de Nova York", "Chritine-O Carro Assassino", "Starman" e o excepcional "Enigma de Outro Mundo". Em 1986 ele perdeu um pouco a mão com "Os Aventureiros do Bairro Perdido", protagonizado por Kurt Russell, seu ator fetiche e grande amigo.

Em meio a esse turbilhão de películas prestigiadas da década de 80, "Príncipe da Sombras" talvez seja sua película de terror menos conhecido e cultuada. Seu enredo confuso sobre uma sociedade do sono, que recebe uma mensagem do futuro através dos sonhos, não foi digerido muito bem pelo público. Uma pena porque o filme é muito interessante.

A pedido de um padre (Donald Pleasence), o famoso professor Birack (Victor Wong) convoca brilhantes cientistas para analisarem um misterioso líquido verde em uma igreja abandona de Los Angeles. Nesse local, as mentes brilhantes descobrem que o pegajoso objeto preso a ser estudado é nada mais, nada menos que o maior temor da humanidade. O próprio capeta em formato de matéria líquida. E que aquele objeto é a chave para a origem do cristianismo, dado os manuscritos presentes no local. A situação dos cientistas pioram quando a  igreja abandonada é cercada por mendingos possuídos (o roqueiro Alice Cooper lidera o bando).

John Carpenter trilha o filme para um curioso caminho; a ciência em pró da religião e vice-versa. Coisa rara, tratando-se de uma película de terror, com pitada de ficção científica. "Príncipe das Sombras" talvez não tenha agradado tanto o público devido a empolgação científica no roteiro de Carpenter. Somos bombardeados com diálogos sobre física quântica, que nem Stephen Hawking compreenderia bem. Contudo, o filme é um marco sim na rica filmografia "Carpenteriana", pois mescla conteúdo com belas doses de efeitos especiais. Apesar da interessante trama, as atuações não são o ponto forte da película. Nem o veterano Donald Pleasence, que interpreta o padre que herdou o poder da "Sociedade do Sono", se salva nesse quésito. O baixinho Victor Wong, talvez seja o "dono" do personagem mais carismático de "Príncipe das Sombras".

Marilyn Manson, fã confesso dessa película, colocou trecho do diálogo do sono, no começo de sua música, "Down in the Park". "Príncipe das Sombras" é mais um exemplar desse cineasta que em breve nos enchera os olhos novamente (espero) com três películas em produção. "The Ward", "L.A Gothic" e "The Prince" são três filmes que tem previsão para estreiar ainda esse ano nos EUA. Vamos aguardar.

NOTA DE TERROR-8
DIVERSÃO-8,5
VIOLÊNCIA-7
CRIATURA-POSSUÍDOS E DEMÔNIO

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Zumbilândia (2009)

Algumas vezes espero muito de um filme, e quando o assisto me frustro. Em outras ocasiões, subestimo determinada película e me impressiono positivamente com que vejo. "Zumbilândia" é um caso a parte desses dois citados. Presenciei exatamente oque esperava. Uma mera película divertida. Certamente esse filme não chega aos pés do já clássico britânico "Shaun of the Dead". Contudo acredito que se George A.Romero viu esse filme (tenho 100% de certeza disso), provavelmente adorou. Afinal o subgênero que ele ajudou a criar, ganhou com "Zumbilândia" um impulso enorme. Sua continuação já está confirmada e com todo elenco do primeiro. A exemplo de Zack Snyder (Madrugada dos Mortos) que se fez fama graças aos mortos vivos, Ruben Fleischer, diretor desse filme, também vai garantir seu lugar ao sol em Hollywood.

O filme conta a história de quatro sobreviventes distintos. Columbus (Jesse Eisenberg) é um típico nerd virginal que sonha em ter uma namorada e uma família comum, já que a sua é cheia de excêntricos como ele. Com a disseminação do vírus que torna os humanos em zumbis, Columbus sobrevive ao mundo predatório graças as regras que criou e surtiu efeito. Em busca de possíveis sobreviventes de sua família, o rapaz vaga solitariamente em direção a cidade natal. No caminho ele se encontra com o violento e hiperativo Tallahassee (Woody Harrelson). Seu jeitão caipira e atrapalhado, contrasta com sua habilidade em matar zumbis facilmente.

Em uma emboscada, os dois andarilhos conhecem as jovens Wichita (Emma Stone) e a esperta Little Rock (Abigail "Miss Sunshine" Breslin). A capacidade de ambas em enganar marmanjos sempre foi o forte das garotas. Nesse ponto, a trama passa do terror para comédia adolescente, pois Columbus se apaixona por Little Rock.

Apesar dos clichês que "Zumbilândia" oferece, o filme nos surpreende algumas vezes. A já clássica aparição de Bill Murray na trama é hilária. Os dois protagonistas, apesar da abismal diferença de personalidades, funcionam muito bem, exalando muita química e momentos engraçados. Já as garotas servem como um "enfeite" na trama, já que seus personagens se perdem dentro do mundo canibal."For Whom the Bells Thom", clássico do Metallica, abre a película de forma magistral, apresentando cenas de ataques. Já a violência é um pouco comedida, apesar de algumas cenas de mortes de zumbi.

Ruben Fleischer se mostrou com "Zombieland" um grande visionário que apesar de se deixar levar pela lucratividade de bilheteria, tem habilidade em inserir diversos gêneros em um filme só. Assista "Zubiliândia" como uma desprentenciosa comédia, e não como um horror basicamente. Livrando-se disso aposto que seu divertimento está garantido por 80 minutos.

NOTA DE TERROR-6
DIVERSÃO-8,5
VIOLÊNCIA-7,5
CRIATURA-ZUMBIS 

domingo, 31 de janeiro de 2010

Chamas da Morte (1981)

"Chamas da Morte" provavelmente seja o melhor filme de terror que vi nos últimos meses. Apesar de não ser fã do sub-gênero slasher, tenho que concordar que esse filme chama muito atenção. Mesmo sendo uma cópia descarada de "Sexta-Feira 13", "Chamas da Morte" é original e mais violento que os filmes de Jason.

Escrito por Harvey Weinstein (sim, criador da recém falida Miramax) ao lado do diretor Tony Maylam, "Chamas da Morte" se passa em um típico acampamento de verão. Infestado por jovens com hormônios à flor da pele. Cinco anos antes dos fatidicos acontecimentos, um cruel monitor fora vítima de uma brincadeira mal sucedida que acabou queimando todo seu corpo. De aparência deformada, Cropsy (faz Jason parecer uma bailarina) promete vingança a qualquer pessoa que apareça na sua frente. Com uma tesoura de podar, o serial-killer faz um estrago danado. Até ai, todos os clichês do slasher reunidos e idênticos aos de "Sexta-Feira 13". Contudo esqueça virgens sendo perseguidas na mata por uma câmera em primeira pessoa. Nessa película o fã de slasher pode desfrutar de uma intensa matança de pouco menos de 30 segundos, onde o assassino mata suas vítimas em cima de uma jangada.

Jack Sholder (futuro diretor de "A Hora do Pesadelo 2"), montador do filme e o lendário Tom Savini, maquiador da película conseguiram criar uma das cenas mais nostálgicas da década de 80. Em vários takes pescoços são perfurados, cabeças decepadas e dedos são arrancados. Tudo em cima de uma jangada e com uma tesoura de podar. E melhor, a luz do dia, coisa rara em "slash movies".

Por falar em Savini, o famoso maquiador recusou trabalhar em "Sexta-Feira-Parte 2", para criar as mortes de "Chamas da Morte". A maquiagem feita por ele nesse filme, provavelmente é uma das melhores em sua bem sucedida carreira (Dia dos Mortos para mim é melhor).

Já a trilha sonora de Rick Wakeman (ex-tecladista do YES), deixa um pouco a desejar. Como fã da famosa banda britânica e apreciador dos solos de teclado de Wakeman, esperava um pouco mais de criatividade nas cenas de tensão. Mas isso não importa.
A Miramax em inicio de carreira produziu esse grande clássico oitentista, e se não superou "Sexta-Feira 13" na bilheterias, ao menos o fez pela qualidade.

Outros detalhes interessantes a parte fica por conta do debute de duas grandes estrelas. Jason Alexander (o gordinho de "Seinfeld") e a oscarizada Holly Hunter participam como coadjuvantes de "Chamas da Morte".

NOTA DE TERROR-9
DIVERSÃO-9
VIOLÊNCIA-8,5
CRIATURA-SERIAL KILLER

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O Gato Preto (1968)

Quarenta anos antes de Hideo Nakata, Takashi Shimizu, Takashi Miike e tantos outros cineastas japoneses de terror, o Japão já produzia filmes assustadores sobre o sobrenatural. É o caso de "Kwaidan" e "Onibaba", dois exemplares de obras fantásticas da "terra do sol nascente". E a propósito, ambas da década de 60. Diferente dos filmes de monstros tal como Godzilla e afins, essas películas tinham um caráter menos mercadológico e mais artístico. Claro, sem deixar o clima de terror como segundo plano. Kaneto Shindô dirigiu o já citado "Onibaba", que é considerado por muitos como a maior obra fantástica do Japão. Apesar de seu dinamismo quanto a gêneros, Shindô ficou mais conhecido pelo horror. "O Gato Preto" (Yabu no naka no kuroneko) é seu segundo filme mais relevante. Como "Onibaba", o cineasta japonês dirige uma trama surrealista e assutadora, usando poesia e muitos ângulos de câmera diferenciados.

Duas mulheres são brutalmente assassinadas após serem vítimas de um bando de samurais esfomeados e sedentos por sexo. Do além elas juram vingança e prometem aos demônios matarem todos os samurais que conseguirem. A cena da primeira vítima é densa e muito bem elaborada. Uma das criaturas fantasmagóricas é uma jovem moça que teve seu marido capturado por guerreiros samurais. Ela vive com a sogra, e consequentemente são mortas juntas.  Sedentas por vingança, elas não perdoam nenhum homem. A jovem seduz a vítima e depois mata-o com uma mordida na jugular. Após a morte, o espírito chupa seu sangue, como oferenda aos demônios vingativos.

Segue-se o ritual macabro até o dia em que o filho e o marido das duas almas penadas chega ao local como um samurai. Nessa parte da trama, Shindô abusa de poesia ao mostrar a peculiar relação das mortas com o homem que elas amam. "O Gato Preto" ganha traços de crítica ao machismo nipônico, desde os longínquos tempos dos samurais. O horror e sofrimento que o sexo feminino passou durante as guerras à espera de seus homens, é retratado de forma genial pelo diretor, que também escreveu o filme.

Além das impecáveis atuações dos protagonistas, o "O Gato Preto" conta com uma ótima fotografia, além é claro de uma medonha (no bom sentido) trilha sonora. Os instrumentos musicais usados, claramente são os mesmos da música popular japonesa, incluindo bambus.

Apesar de ser terror e do clima fantasmagórico já citado, esqueça cenas de extrema violência. Contente-se com um belíssimo filme de arte fantástico que só o cinema do Japão pode conceber.

NOTA DE TERROR-6
DIVERSÃO-7
VIOLÊNCIA-3
CRIATURA-ESPÍRITOS

sábado, 23 de janeiro de 2010

Pumpkinhead (1988)

Dois anos após ganhar seu primeiro de quatro Oscars em categorias técnicas (Aliens,1986), Stan Winston decidiu usar seu prestigiado estúdio para dirigir um filme de terror. Ele queria provar que levava jeito para conduzir uma película, tanto quanto manipular e configurar alguma criatura. Com "Pumpkinhead", Winston ficou aquém do esperado, porém criou um pequena obra-prima dentro do horror. Baseado em um poema homônimo, "Pumpkinhead" conta a história de um pai vingativo, que após ver seu filho morrer em seu braços, promete envocar o temido demônio da vingança. Com ajuda de uma bruxa, Ed Harley (Lance Henriksen) desenterra o corpo de uma criatura, afim de vingar os assassinos de seu único filho. Contudo, Harley descobre que fora amaldiçoado pela terrível escolha e decide se livrar sozinho do temível demônio.

Com "Pumpkinhead", Winston não apenas criou uma criatura bem elaborada, como deu um clima pesado para trama. A cena em que Ed harley vai tentar se redimir com a bruxa é muito densa e consegue incomodar. Contudo, para os amantes de gore, a película deixa muito a desejar. Pouco sangue, vísceras nulas e violência bem comedida. Afinal o filme tem censura 16 anos. Algo realmente frustrante. Outro aspecto negativo é a boçal interpretação dos coadjuvantes. Chega dar até sono vê-los dialogando e em nenhum momento torcemos por eles. Com exceção é claro de Lance Henriksen, que apesar de canastrão, conseguiu segurar legal as pontas do filme como o vingativo pai do garotinho atropelado por um motocross.

Stan Winston pouco se aventurou na direção depois desse filme, mesmo não fazendo feio com seu debute. Anos mais tarde dirigiu "Ghosts", curta-metragem de 1997 de Michael Jackson.

NOTA DE TERROR-7,5
DIVERSÃO-8
VIOLÊNCIA-4
CRIATURA-DEMÔNIO

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

A Pequena Loja dos Horrores (1960)

No começo da década de 60, Roger Corman já havia produzido mais de 40 películas de baixo orçamento. Sua carreira contabiliza 388 filmes, segundo o site IMDB. Como cineasta, Corman dirigiu clássicos da literatura fantástica como "Pit and the Pendulum" e "The Raven", ambos do famoso escritor Edgar Allan Poe. No começo dos anos 60, Corman descobriria o talento de um jovem ator franzino e muito despojado. O desconhecido Jack Nicholson teve sua grande aparição em uma película do recém premiado com um Oscar especial, Roger Corman, na comédia de terror, "A Pequena Loja dos Horrores". Apesar de ser um mero coadjuvante, o personagem Wilbur Force, interpretado por Nicholson é um dos mais carismáticos do filme. Sua performance como um masoquista em um consultório odontológico, não passoud e três minutos, mas foi o suficiente para revelar o jovem talento. No remake de 1986, dirigido por Frank Oz, o obcecado por dor Wilbur Force foi interpretado por nada mais, nada menos que Bill Murray.De qualquer forma, "A Pequena Loja dos Horrores" não é interessante apenas pela icônica aparição de Nicholson, mas sim como um todo. O filme apesar de ter sido extremamente barato diverte com seus personagens histéricos e diálogos engraçados e non-senses (a dupla de investigadores é hilária).

Depois de ganhar uma semente especial de um botânico japonês, o atrapalhado Seymour Krelboin (Jonathan Haze) cuida da rara planta e leva para floricultura onde trabalha, afim de impressionar seu chefe Gravis Mushnik (Mel Welles). A ponto de despedir o destrambelhado assistente, Mushnik é incentivado por Audrey (Jackie Joseph) a dar mais uma chance a Krelboin. O pobre rapaz que ainda é criado pela hipocondriaca mãe, leva a planta para floricultura e logo impressiona os frequentadores do local devido a aparência exótica. Apesar de ter conquistado enfim o coração de sua amada Audrey e de seu patrão, Krelboin se envolve em problemas quando descobre qu o vegetal gosta de se alimentar de carne humana. E a cada refeição, a monstruosa planta torna-se maior e mais faminta.

A pobre criatura é engraçada devido a sua precária aparência. Parece que o vegetal foi feito de papelão por algum funcionário do estúdio. O visual pobre da planta só torna a experiência de assistir "A Pequena Loja dos Horrores", em um programa divertido e trash. O desfecho também é muito interessante, quando as vítimas da criatura, literalmente desabrocham e tranforma-se em plantas.

Segundo Corman, a famosa película foi filmada em apenas dois dias. Nada mais comum, tratando-se de uma produção B como essa. Como descrito acima, o filme ganhou uma cultuada versão musical em 1986, protagonizada pelo "nerd-mor" do cinema, Rick Moranis.

Se voce como eu aprecia um bom trash, não deixe de ver "A Pequena Loja dos Horrores" de 1960.

NOTA DE TERROR-7
DIVERSÃO-8
VIOLÊNCIA-5
CRIATURA-PLANTA CARNÍVORA

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Tenebre (1982)

Dario Argento contribuiu muito para o cinema fantástico ao longo de sua filmografia. A década de 70 foi seu grande apogeu, onde dirigiu clássicos do terror italiano. "O Pássaro de Sete Plumas" e "Profondo rosso" fazem parte de sua grande fase giallo. Já "Suspiria" e "Inferno" são filmes mais sobrenaturais, mas não menos estilosos.
Tendo como inspiração o mestre Mario Bava, Argento ao lado de George Romero é um dos cineastas de terror mais homenageados e plagiados do gênero. "Suspiria", por exemplo é um belo quadro artístico, que ditou um estilo muito usado depois em outras produções italiana. Mas além de uma grande obra visual e plástica, o filme de 1977 é uma assustadora trama sobre bruxaria.
Porém, depois de seu auge Argento oscilou com pequena obras, que de longe lembravam sua fase mais criativa e inspiradora. Um desses filme é "Tenebre" de 1982. A plasticidade de sua filmografia, uma de suas grandes marcas está empregada nesse filme. O gore, pouco usado em outros "carnavais" por Argento, dessa vez é usado em grande teor. Aqui você encontra machados fincados na cabeça, tal como braços decepados, seguidos por enxurrada de sangue.

Apesar da qualidades citadas, Argento parece que perdeu um pouco a mão e deixou o clima do filme um pouco cansativo. O fato é que "Tenebre" é um exemplar fraco em sua rica filmografia. Peter Neal (Anthony Franciosa) é um famoso escritor americano de romances policiais que vai a Itália à negócios. No país da bota, Neal depara-se com uma misteriosa série de mortes, baseadas em seu último livro, chamado "Tenebre". Em sua cola, o Detetive Germani (Giuliano Gemma) investiga o caso que a cada crime parece mais sem solução. É evidente a metalinguagem que Argento usa entre o filme e o tal livro escrito pelo protagonista. Até poque no fim da década de 70, Argento foi ameaçado de morte por um fã.

Como no manual do bom giallo, Argento confunde o espectador com suas reviravoltas quanto a verdadeira identidade do assassino. Seria sua dedicada assistente na qual nutre um pequeno sentimento? Seria seu agente canastrão (interpretado pelo excelente John Saxon)? Seria o crítico e apresentador de televisão que admira seu trabalho? Ou seria sua ex-esposa, obcecada e possessiva que vive perseguindo-o? De qualquer forma nem a trilha inspirada dos Goblin, com suas músicas amplificadas, apagam as péssimas atuações do longa e os furos de roteiro.

Além de ser muito confuso, "Tenebre" conta com um elenco de atrizes, que apesar da beleza, deixam muito a desejar. A cena na qual o assassino mata as lésbicas no começo do filme é uma das grandes da carreira de Argento, pois ele consegue usar de técnicas requintadas de angulação de câmeras. Contudo o desempenho das beldades é fraco e não convence.

O final do filme, no ponto de vista visual é inesquecível e violento. Ma o desfecho da trama e a revelação do mistério é forçado e nenhum pouco surpreendente. "Tenebre" é uma de suas grandes obras visuais, mas não oferece um bom conteúdo para os grandes fãs de giallo. É tanta reviravolta e tantos mistérios insolúveis durante a película, que o espectador fica tonto. Apesar dos contras, nunca subestime uma obra de mestre, mesmo ela sendo um fraco exemplar de um talento único.

NOTA DE TERROR-6
DIVERSÃO:7
VIOLÊNCIA-8,5
CRIATURA-PSICOPATA
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