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sábado, 20 de fevereiro de 2010

Sexta-Feira 13 (1980)

Não consegui me conter quando vi o DVD de "Sexta-Feira 13" na prateleira de uma loja Americanas, no Centro de São Paulo. O clássico slasher, foi relançado em dvd pela Warner Bros. que comprou os direitos da Paramount. A qualidade do dvd é excelente, pois foi digitalizado e a imagem e som estão bem mais nítidas. Os extras também não devem nada ao original americano. O fã da série é presenteado com comentários do diretor e produtor Cunningham, além dos pequenos documentários sobre os bastidores do primeiro filme. Como é sabido, Jason não está presente com sua máscara de hóquei e seu respectivo facão nessa película. Aliás, ele só incorpora tais marcas registradas a partir do terceiro filme da cineserie. Nesse primeiro "Sexta-Feira 13", somos apresentados ao famoso Crystal Lake, antigo acampamento de férias fechado desde um brutal assassinato na década de 50. Dois monitores do local foram mortos enquanto faziam sexo. Anos depois, um homem da região decide reabrir o acampamento que para muitos é amaldiçoado. Sabe-se que no verão de 1956, um garoto deficiente morreu afogado no Lago Crystal graças à imprudência dos monitores. Com esse enredo, não precisamos saber de mais anda sobre a origem terrível de um dos monstros mais famosos do cinema.

"Sexta-Feira 13" traz as famosos mortes slashers que virariam febre no começo dos anos 80. Em primeira pessoa (herança de Carpenter por "Halloween"), o assassino mata sua vítimas e o espectador presencia tudo com os olhos do maníaco. No final da película somos surpreendidos pela identidade do psicopata. Trata-se da Sra.Vorhees, mãe do pequeno Jason que fora morto há anos. Sedenta de vingança, a progenitora do famoso monstro é acometida pela loucura e extermina cada pessoa que lhe cruzar o caminho. Tudo em pró de seu filho falecido.

As atuações desse filme são horríveis, tanto quanto o enredo babaca e cheio de cenas sem importância. Nenhum personagem da trama é mais carismático que a aberração que aparece nos minutos finais do filme. O garotinho deformado em estado de decomposição atacando a garota indefesa em uma canoa, mete um grande susto no espectador mais desavisado. A famosa trilha "kikiki .momomo" (mate mãe), introduz as matanças em Crystal Lake. Já a maquiagem do legendário Tom Savini ajuda no contexto gore da trama que tem poucos atrativos além da violência e da origem de Jason. Se assistisse na época de lançamento, provavelmente acharia uma porcaria esse filme, que envelheceu bastante em 30 anos. Ele não mete medo mais em ninguém. Até o franzino Kevin Bacon está apagado em sua primeira atuação em Hollywood como um dos jovens que ajudam o dono do local, a reerguer o acampamento depois de anos de abandono.

Se você for fã de terror e não assistiu a esse "Sexta-Feira 13" corra e se puder compre o dvd com os estras para se deliciar com a origem de Jason Vorhees.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Príncipe das Sombras (1987)

Nos últimos vinte anos, John Carpenter pisou na bola feio, se comparado com suas produções mais antigas. Chevy Chase em "O Homem Invisível" foi lamentável. Christopher Reeve em "Cidade Amaldiçoada" foi de muito mal gosto. E o que fizeram com o famoso Snake Plissken em "Fuga para Los Angeles"? Além das pérolas citadas, Carpenter decepcionou sua legião de fãs com "Vampiros" e o pior de sua carreira, "Fantasmas de Marte".

Muitos erros depois e Carpenter continua firme e forte no conceitos dos fãs do cinema de horror. E só lembrar dos clássicos do cineasta na década de 80. Depois de "Halloween" de 1978, Carpenter continuou a acertar mão em filmes como "Bruma Assassina", "Fuga de Nova York", "Chritine-O Carro Assassino", "Starman" e o excepcional "Enigma de Outro Mundo". Em 1986 ele perdeu um pouco a mão com "Os Aventureiros do Bairro Perdido", protagonizado por Kurt Russell, seu ator fetiche e grande amigo.

Em meio a esse turbilhão de películas prestigiadas da década de 80, "Príncipe da Sombras" talvez seja sua película de terror menos conhecido e cultuada. Seu enredo confuso sobre uma sociedade do sono, que recebe uma mensagem do futuro através dos sonhos, não foi digerido muito bem pelo público. Uma pena porque o filme é muito interessante.

A pedido de um padre (Donald Pleasence), o famoso professor Birack (Victor Wong) convoca brilhantes cientistas para analisarem um misterioso líquido verde em uma igreja abandona de Los Angeles. Nesse local, as mentes brilhantes descobrem que o pegajoso objeto preso a ser estudado é nada mais, nada menos que o maior temor da humanidade. O próprio capeta em formato de matéria líquida. E que aquele objeto é a chave para a origem do cristianismo, dado os manuscritos presentes no local. A situação dos cientistas pioram quando a  igreja abandonada é cercada por mendingos possuídos (o roqueiro Alice Cooper lidera o bando).

John Carpenter trilha o filme para um curioso caminho; a ciência em pró da religião e vice-versa. Coisa rara, tratando-se de uma película de terror, com pitada de ficção científica. "Príncipe das Sombras" talvez não tenha agradado tanto o público devido a empolgação científica no roteiro de Carpenter. Somos bombardeados com diálogos sobre física quântica, que nem Stephen Hawking compreenderia bem. Contudo, o filme é um marco sim na rica filmografia "Carpenteriana", pois mescla conteúdo com belas doses de efeitos especiais. Apesar da interessante trama, as atuações não são o ponto forte da película. Nem o veterano Donald Pleasence, que interpreta o padre que herdou o poder da "Sociedade do Sono", se salva nesse quésito. O baixinho Victor Wong, talvez seja o "dono" do personagem mais carismático de "Príncipe das Sombras".

Marilyn Manson, fã confesso dessa película, colocou trecho do diálogo do sono, no começo de sua música, "Down in the Park". "Príncipe das Sombras" é mais um exemplar desse cineasta que em breve nos enchera os olhos novamente (espero) com três películas em produção. "The Ward", "L.A Gothic" e "The Prince" são três filmes que tem previsão para estreiar ainda esse ano nos EUA. Vamos aguardar.

NOTA DE TERROR-8
DIVERSÃO-8,5
VIOLÊNCIA-7
CRIATURA-POSSUÍDOS E DEMÔNIO

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Zumbilândia (2009)

Algumas vezes espero muito de um filme, e quando o assisto me frustro. Em outras ocasiões, subestimo determinada película e me impressiono positivamente com que vejo. "Zumbilândia" é um caso a parte desses dois citados. Presenciei exatamente oque esperava. Uma mera película divertida. Certamente esse filme não chega aos pés do já clássico britânico "Shaun of the Dead". Contudo acredito que se George A.Romero viu esse filme (tenho 100% de certeza disso), provavelmente adorou. Afinal o subgênero que ele ajudou a criar, ganhou com "Zumbilândia" um impulso enorme. Sua continuação já está confirmada e com todo elenco do primeiro. A exemplo de Zack Snyder (Madrugada dos Mortos) que se fez fama graças aos mortos vivos, Ruben Fleischer, diretor desse filme, também vai garantir seu lugar ao sol em Hollywood.

O filme conta a história de quatro sobreviventes distintos. Columbus (Jesse Eisenberg) é um típico nerd virginal que sonha em ter uma namorada e uma família comum, já que a sua é cheia de excêntricos como ele. Com a disseminação do vírus que torna os humanos em zumbis, Columbus sobrevive ao mundo predatório graças as regras que criou e surtiu efeito. Em busca de possíveis sobreviventes de sua família, o rapaz vaga solitariamente em direção a cidade natal. No caminho ele se encontra com o violento e hiperativo Tallahassee (Woody Harrelson). Seu jeitão caipira e atrapalhado, contrasta com sua habilidade em matar zumbis facilmente.

Em uma emboscada, os dois andarilhos conhecem as jovens Wichita (Emma Stone) e a esperta Little Rock (Abigail "Miss Sunshine" Breslin). A capacidade de ambas em enganar marmanjos sempre foi o forte das garotas. Nesse ponto, a trama passa do terror para comédia adolescente, pois Columbus se apaixona por Little Rock.

Apesar dos clichês que "Zumbilândia" oferece, o filme nos surpreende algumas vezes. A já clássica aparição de Bill Murray na trama é hilária. Os dois protagonistas, apesar da abismal diferença de personalidades, funcionam muito bem, exalando muita química e momentos engraçados. Já as garotas servem como um "enfeite" na trama, já que seus personagens se perdem dentro do mundo canibal."For Whom the Bells Thom", clássico do Metallica, abre a película de forma magistral, apresentando cenas de ataques. Já a violência é um pouco comedida, apesar de algumas cenas de mortes de zumbi.

Ruben Fleischer se mostrou com "Zombieland" um grande visionário que apesar de se deixar levar pela lucratividade de bilheteria, tem habilidade em inserir diversos gêneros em um filme só. Assista "Zubiliândia" como uma desprentenciosa comédia, e não como um horror basicamente. Livrando-se disso aposto que seu divertimento está garantido por 80 minutos.

NOTA DE TERROR-6
DIVERSÃO-8,5
VIOLÊNCIA-7,5
CRIATURA-ZUMBIS 

 

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