Necrofilia, incesto, gore, e muita excentricidade de um cineasta sem limites. Isso é "Visitor Q", película japonesa de 2001 que aborda a crise moderna dentro da tradicional família nipônica. Segundo Takeshi Miike, diretor da película, a sociedade do Japão não se importa mais com os antigos valores que outrora eram respeitados a risca. "Visitor Q" defende essa opinião com cinco personagens muito esquisitos.
O primeiro é o pai da família. Um jornalista sensacionalista que não preserva nem a imagem de seu filho sendo humilhado pelos colegas da escola, e de sua filha prostituta. Detalhe que ele se relaciona sexualmente com ela e ainda registra o momento através de uma filmadora. Já sua esposa também se prostitui em troca de heróina para aliviar as dores físicas e emocionais deixadas pelo filho caçula. O garoto agredido diariamente pelos valentões, desconta suas raivas em sua pobre mãe. Um dia um misterioso homem golpeia a cabeça do pai da família com uma pedra. Essa é a porta de entrada para que o estranho adentre na problemática casa.
O tal golpe dado pelo "visitante Q", simboliza o começo da ordem familiar. O homem desconhecido ganha espaço na residência e passa a se relacionar mais intimamente com a família. Ao pressionar os mamilos da matriarca, o estranho consegue extrair leite. Apesar de contundente, a cena da lactose saindo do seio , simbolisa a metamorfose da mãe que passa a ser respeitada e admirada novamente pelos membros da família. A cena final com o marido e a filha prostituda mamando em suas tetas, reflete o estilo tão peculiar de Takashi Miike em demonstrar uma idéia e opinião.
Apesar do filme ser cruel, "Visitor Q" é uma comédia non-sense que prima pelo choque. Ou seja, se você for sensível a temas polêmicos e cenas fortes, não assista a essa película.
NOTA DE TERROR: 4
DIVERSÃO: 6
VIOLÊNCIA: 9
CRIATURA: A FAMÍLIA JAPONESA DO SÉCULO XXI
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
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