"Doghouse" é mais um exemplo da mistura entre dois subgêneros populares do terror. O filme de zumbis e o "terrir". A velha fórmula de misturar mortos-vivos com gracinhas, já rendeu bons frutos para os amantes desse tipo de gênero. "A Volta ds Mortos-Vivos" do recém falecido Dan O´Bannon e o ótimo "Shaun of the Dead" são grandes exemplos dessa mesclagem.
Contudo não se pode incluir "Doghouse" como mais um exemplo bem-sucedido desses subgêneros. Ok, a película não é ruim, mas de fato não empolga e pouco funciona como comédia. As cenas gore são bem feitas e a maquiagem das "zumbis" está de fato excelente. Contudo aquele papo de misturar grandes amigos em busca de aventura em um fim de semana, já virou uma fórmula desgastada. Nem o humor britânico funciona em "Doghouse".
O filme conta a história de sete amigos que resolvem passar dois dias em uma remota cidade interiorana da Inglaterra. Dispensam suas mulheres e partem em direção ao famigerado destino traçado. Ao chegarem no pequeno vilarejo rodeado por um bosque, o grupo se defronta com mulheres infectadas por um vírus que só reage nelas, transformando-as em zumbis. A caracterização de cada monstrenga até diverte os fãs do subgênero terror. Tem a gorda que gosta de comer como "aperitivo", alguns dedos masculinos, uma espadachim, a cabelereira com suas tesouras e até uma noiva.
Jack West, diretor do filme, mostra em "Doghouse" que é um George Romero versão machista. Ou seja, ele usa os zumbis como forma ambígua de retratar algo da sociedade. Nesse caso, West demonstra o poder "selvagem" que o sexo femino exerce sobre os homens. Claro que diferente do lendário cineasta, o diretor britânico West não leva muito a sério o tema abordado.
"Doghouse" de certa forma é divertido, contudo não esperem por algo novo do gênero. Apenas um bom filme para se assistir o lado da namorada feminista.
NOTA DE TERROR:7
DIVERSÃO:7,5
VIOLÊNCIA:8
CRIATURA:ZUMBIS FEMINISTAS
sábado, 26 de dezembro de 2009
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Dan O´Bannon (1946-2009)
Morreu ontem aos 63 anos, o roteirista de diretor de filmes de ficção e terror, Dan O´Bannon. Sua carreira começou em 1974 ao lado de John Carpenter. Três anos antes de "Star Wars" eles roteirizaram "Dark Star". Em 1979 escreveu "Alien-O Oitavo Passageiro" de Ridley Scott, considerado uma das maiores ficções de terror de todos os tempos.
Na década seguinte O´Bannon trabalho como diretor no clássico "A Volta dos Mortos Vivos" de 1985. Escreveu também "Dead and Buried", "Força Sinistra", "Trovão Azul" e "Invaders from Mars". Em 1990 roteirizou "O Vingador do Futuro", película de Paul Verhoeven que inovou os efeitos especiais.
Na década seguinte O´Bannon trabalho como diretor no clássico "A Volta dos Mortos Vivos" de 1985. Escreveu também "Dead and Buried", "Força Sinistra", "Trovão Azul" e "Invaders from Mars". Em 1990 roteirizou "O Vingador do Futuro", película de Paul Verhoeven que inovou os efeitos especiais.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Visitor Q (2001)
Necrofilia, incesto, gore, e muita excentricidade de um cineasta sem limites. Isso é "Visitor Q", película japonesa de 2001 que aborda a crise moderna dentro da tradicional família nipônica. Segundo Takeshi Miike, diretor da película, a sociedade do Japão não se importa mais com os antigos valores que outrora eram respeitados a risca. "Visitor Q" defende essa opinião com cinco personagens muito esquisitos.
O primeiro é o pai da família. Um jornalista sensacionalista que não preserva nem a imagem de seu filho sendo humilhado pelos colegas da escola, e de sua filha prostituta. Detalhe que ele se relaciona sexualmente com ela e ainda registra o momento através de uma filmadora. Já sua esposa também se prostitui em troca de heróina para aliviar as dores físicas e emocionais deixadas pelo filho caçula. O garoto agredido diariamente pelos valentões, desconta suas raivas em sua pobre mãe. Um dia um misterioso homem golpeia a cabeça do pai da família com uma pedra. Essa é a porta de entrada para que o estranho adentre na problemática casa.
O tal golpe dado pelo "visitante Q", simboliza o começo da ordem familiar. O homem desconhecido ganha espaço na residência e passa a se relacionar mais intimamente com a família. Ao pressionar os mamilos da matriarca, o estranho consegue extrair leite. Apesar de contundente, a cena da lactose saindo do seio , simbolisa a metamorfose da mãe que passa a ser respeitada e admirada novamente pelos membros da família. A cena final com o marido e a filha prostituda mamando em suas tetas, reflete o estilo tão peculiar de Takashi Miike em demonstrar uma idéia e opinião.
Apesar do filme ser cruel, "Visitor Q" é uma comédia non-sense que prima pelo choque. Ou seja, se você for sensível a temas polêmicos e cenas fortes, não assista a essa película.
NOTA DE TERROR: 4
DIVERSÃO: 6
VIOLÊNCIA: 9
CRIATURA: A FAMÍLIA JAPONESA DO SÉCULO XXI
O primeiro é o pai da família. Um jornalista sensacionalista que não preserva nem a imagem de seu filho sendo humilhado pelos colegas da escola, e de sua filha prostituta. Detalhe que ele se relaciona sexualmente com ela e ainda registra o momento através de uma filmadora. Já sua esposa também se prostitui em troca de heróina para aliviar as dores físicas e emocionais deixadas pelo filho caçula. O garoto agredido diariamente pelos valentões, desconta suas raivas em sua pobre mãe. Um dia um misterioso homem golpeia a cabeça do pai da família com uma pedra. Essa é a porta de entrada para que o estranho adentre na problemática casa.
O tal golpe dado pelo "visitante Q", simboliza o começo da ordem familiar. O homem desconhecido ganha espaço na residência e passa a se relacionar mais intimamente com a família. Ao pressionar os mamilos da matriarca, o estranho consegue extrair leite. Apesar de contundente, a cena da lactose saindo do seio , simbolisa a metamorfose da mãe que passa a ser respeitada e admirada novamente pelos membros da família. A cena final com o marido e a filha prostituda mamando em suas tetas, reflete o estilo tão peculiar de Takashi Miike em demonstrar uma idéia e opinião.
Apesar do filme ser cruel, "Visitor Q" é uma comédia non-sense que prima pelo choque. Ou seja, se você for sensível a temas polêmicos e cenas fortes, não assista a essa película.
NOTA DE TERROR: 4
DIVERSÃO: 6
VIOLÊNCIA: 9
CRIATURA: A FAMÍLIA JAPONESA DO SÉCULO XXI
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Os Espíritos (1996)
Em uma de minhas visitas frequentes ao site das "Americanas", vi que "Os Espiritos" de Peter Jackson estava disponível para venda. Nunca tinha visto esse filme para compra em DVD. Sem dó nenhuma comprei-o e no dia seguinte lá estava ele no meio de minha estimada coleção de filmes de terror.
Fazia muitos anos que não assistia a esse filme, que durante minha pré-adolescência me assustou um pouco. O CGI de "Os Espíritos" era impressionante para época. Contudo se você assistir a essa película nos dias de hoje vai achar os efeitos ultrapassados. Normal. Sei que um dia vou assistir "Avatar" do lado de meus netos e eles com certeza vão rir dos efeitos tridimencionais inventados por um tal James Cameron. Mas isso é outra história.
Michael J.Fox está mal em uma de suas últimas participações como ator (ele continua sendo um frequente dublador). Já debilitado pelo Mal de Parkinson, Fox como protagonista desse filme está deprimente. Seu personagem é Frank Bannister, um ex-arquiteto que depois de passar uma experiência traumática com sua falecida esposa, começa a adquirir poderes mediúnicos. Com o novo dom, Bannister tira proveito para ganhar dinheiro. Com ajuda de três fantasmas camaradas, o médium finge exorcizar as tais assombrações que pertubam a ordem.
Trini Alvarado é Lucy Lynskey, médica da pequena cidade onde mora e recem viúva de Ray. Seu marido falecido foi uma das misteriosas vítima de ataques cardíacos que assutam o pequeno município interiorano. A população desconfia de Frank que passa a ser suspeito das mortes, devido a sua baixa reputação com os moradores. Com a ajuda da médica, o charlatão tem que provar sua inocência e descobrir quem está por trás disso.
Jeffrey Combs (Re-Animator) é Milton Dammers, figura inspirada livremente pelo ditador Adolph Hitler. Trabalhando como agente do FBI, Dammers resolve investigar as mortes e suspeita de Dammers. De muitas manias, o estranho agente tem fobia de gritos de mulher e curte uma mutilação corporal, já que tem várias marcas em todo corpo. Sua falta de percepção só não é maior que sua burrice.
Peter Jackson cria um certo mistério e com o decorrer da trama ele apresenta o serial killer Johnny Charles (Jake Busey) e sua jovem amante Patricia. Nos anos 70 o casal participou de um chocante massacre no Hospital da cidade, resultando na morte de 12 pessoas. O intuito da chacina era simplesmente bater o record de mais mortes de uma só vez. Ao ser preso e morto em uma cadeira elétrica, Johnny promete vingança pós-mortem. E é isso que faz com os moradores da pacata cidade.
"Os Espíritos" como Peter Jackson mesmo disse na apresentação do DVD, serve como um trampolim entre "Heavenly Creatures" (1994) e a trilogia dos "Senhor dos Anéis". Se não fosse os computadores usados nesse filme, talvez a adaptação da obra de Tolkien para as telas de cinema nunca teria acontecido. A produtora neozelandesa WETA DIGITAL (que criou Distrito 9 esse ano), existe graças aos 35 computadores que restaram desse filme.
Se você for fã de Jackson, seja de suas podreiras antigas (Bad Taste e Braindead) e de suas obras recheadas de efeitos (King Kong e Senhor dos Anéis), não deixe de apreciar essa obra menor, que apesar de ser simples, pode facilmente entreter. Só não espere muitos sustos.
NOTA DE TERROR:6
DIVERSÃO:8
VIOLÊNCIA:5
CRIATURA:ESPÍRITO ASSASSINO
Assinar:
Postagens (Atom)