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The Deadly Spawn (1983)

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O Gato Preto (1968)

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O Gato Preto (1968) O Gato Preto (1968)

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Prefácio da Morte (1989)

Muitos foram os cineastas que se aventuraram no terror, e conseguiram alcançar o raro status de "diretor autoral". Nomes como de George Romero, John Carpenter, Dario Argento e Wes Craven encabeçam o logo de seus respectivos filmes, trazendo consigo uma legião de fãs. A década de 80, uma das mais "frutíferas" do horror, alavancou novos talentos, que ao longo dos anos tornaram-se tão conhecidos quanto os já citados Carpenter, Craven, Argento e Romero. Sam Raimi, Peter Jackson, por exemplo, começaram suas bem sucedidas carreiras em películas de horror.

Em contrapartida outros cineastas não tiveram a mesma sorte, apesar de terem começado com o pé direito. É o caso de Dan O´Bannon (O Retorno dos Mortos-Vivos), Tom Holland (A Hora do Espanto), Chuck Russell (A Bolha), Stuart Gordon (Re-Animator), John McNaughton (Henry), Fred Dekker (Noite do Arrepio), Shinya Tsukamoto (Tetsuo) e Michele Soavi (A Catedral) . Apesar de não serem tão reconhecidos como os famigerados diretores citados logo no início do texto, o cultuado grupo de desconhecidos despontaram com grandes obras durante a década de 80.

E ainda existe uma terceira camada de cineastas, que dividem opiniões dos fãs do terror. Dentre eles Frank Henenlotter (Basket Case), Lamberto Bava (Demons) e o húngaro Tibor Takács. Toda essa dissertação foi para chegar ao nome desse último cineasta, que teve um promissor início de carreira. Nascido em Budapeste, Takács iniciou sua carreira no Canadá. Por sinal, sua obra mais conhecida veio de lá. "O Portão" de 1987, divide opiniões. Há aqueles que o acham enfadonho, pouco violento e cheio de buracos no roteiro. E existem outros (como eu), que o considera como uma pequena pérola do gênero. Os efeitos em Stop Motion, criados pelo até então pouco conhecido Randall William Cook, tem meu respeito.

Dois anos depois, a dupla retomou a parceria em "Prefácio da Morte". A maquiagem e os efeitos ficaram novamente por conta de Cook, que além de desempenhar com alta eficácia seu papel por trás das câmeras, também atuou como o vilão do filme (o bonitão da foto acima). O criador de efeitos visuais interpreta o maníaco desfigurado Dr.Kessler, um médico homicida que arranca membros do rosto de suas vítimas, afim de implanta-los em sua própria face. Virginia (Jenny Wright) é uma aficionada leitora de contos de horror, que descobre a desconhecida bibliografia de um escritor chamado Malcolm Brand. Os livros do autor contam histórias passadas na década de 50, e que envolvem loucura, paixão e ciência. "I, Madman" historia que instiga Virginia, justamente é aquela que descreve os atos psicóticos do Dr.Kessler ao tentar conquistar o coração de Anna, sua paixão platônica.O sinistro entretenimento de Virginia ao ler "I, Madman" desencadeia uma série de fatos que coincidem com os descritos no livro. A moça então passa a ser perseguida pelo médico, que foge do romance para o mundo real.


A premissa de "Prefácio da Morte" é boa, e até convence. Contudo a película cai em clichês facéis e até irritantes como; o descaso que a protagonista sofre dos céticos personagens da trama, ao revelar que está em apuros; a mocinha que tropeça enquanto foge do vilão que a persegue sorrateiramente; e por fim, contar vantagem emcima do corpo do monstro que "teoricamente" acabou de morrer, mas que ressucita em questão de segundos. Erros e furos no roteiro que não tiram a diversão desse simpático filme-B, que foi distribuido em DVD nos EUA pela MGM. Após "Prefácio da Morte", Takács, que outrora recusou dirigir o quarto filme da série "A Hora do Pesadelo" (por sinal, o mais lucrativo da série) caiu no ostracismo cinematográfico ao se dedicar em películas de ação "enlatadas", que quase sempre tinham Mark Dacascos como protagonista. Uma pena pois seus primeiros filmes eram bem elaborados e redondos, apesar de apresentar relevantes erros estruturais no roteiro.

Em contrapartida, seu ativo colaborador de efeitos visuais Randall William Cook tomava o rumo contrário. O ápice do talentoso técnico de efeitos especiais culminou em três Oscars que recebeu pela trilogia "O Senhor dos Anéis". A felicidade por receber três estatuetas douradas em anos consecutivos, o fez se aposentar. Já Tibor Takáks, continua na ativa. Em 2011, o diretor de "O Portão", "Prefácio da Morte" e "Sabrina, Aprendiz de Feiticeira" (ele também dirigiu essa "draga"), vai lançar seu primeiro filme tridimensional no "aguardado", "Spiders 3-D". Cada um tem o que merece.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O que vem por ai-parte 1

 2010 não foi muito forte para o gênero de terror. O último ano foi marcado por continuações e remakes desnecessários e picaretas. "Resident Evil 4:Recomeço" teve sua exibição em 3-D elogiada, mas pecou mais uma vez em sair do universo do game que originou a cine-série. A tecnologia tridimensional não esteve a tona apenas na franquia dos zumbis de Racoon City. No remake de "Piranhas", e na sétima parte de "Jogos Mortais", os óculos em 3-D figuraram nas salas de cinema. Contudo não empolgaram nem os entusiastas da tecnologia, e muito menos os apreciadores do gênero.

Resident Evil 4-Recomeço
O ano passado foi tão complicado para o terror, que a produção com maior hype foi uma série de televisão. Exibida no Brasil pela Fox, "The Walking Dead" foi elogiado pela crítica, despontando como uma das séries favoritas para receber o Globo de Ouro. Baseada nos quadrinhos de Robert Kirkman, "The Walking Dead" tem em sua produção um nome pesado como o de Frank Darabont. O cineasta e roteirista de filmes como "Sonho de Liberdade" e "O Nevoeiro" dirigiu o piloto da série, batendo todos os recordes de audiência. Tudo isso graças a ação de marketing bem sucedida, que trouxe fãs de séries em geral ao universo apocalíptico dos mortos-vivos.

 The Walking Dead

Além do já citado "Piranhas" de Alexandre Aja, Hollywood mais uma vez se rendeu aos remakes. "A Epidemia", por exemplo, é superior ao original de 1973 dirigido pelo mestre George A.Romero. Mas já não se pode falar o mesmo de "O Lobisomem" , "Doce Vingança" e "Deixe Me Entrar", que apesar de não serem filmes horrorosos, passam longe da qualidade de seus originais. A infeliz refilmagem do clássico "A Hora do Pesadelo" passou dos limites. Desde "Halloween" de Rob Zombie, um filme do gênero nunca foi tão criticado por seus fãs.

 A Epidemia

Apesar do tema batido, em relação às sequências e remakes, 2010 também produziu filmes originais. "Demônio", por exemplo, foi co-escrito por M.Night Shyamalan e até que se saiu bem nas bilheterias. O novo slasher de Wes Craven chamado "A Sétima Alma" não teve a mesma sorte. O filme que era para ser um aperitivo para o próximo filme da franquia "Pânico", só deixou os fãs da série com o pé atrás. Falando em originalidade "Rubber" preenche todos os requisitos. O road-movie francês conta a história de um pneu (sim você leu bem) sonhador e homicida, que vaga por uma estrada americana. "Troll Hunters" brinca com gênero dos falsos documentários em uma comédia de terror norueguesa, consolidando os escandinavos como um dos produtores mais criativos do gênero fantástico dos últimos anos.

Rubber

As polêmicas do último ano ficaram por conta do violento "Filme Sérvio" que mistura pornografia com altas doses de sadismo e gore. Lamentável que o último ano não tenha tido grandes obras. Em breve as apostas de 2011 que terá o retorno de John Carpenter, além de uma série de filmes independentes e 100% originais.

 Troll Hunters

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Divulgado pôster do remake "Don´t Be Afraid of the Dark"

Considerado como um dos tele-filmes mais bem sucedidos da TV americana, "Don´t Be Afraid of the Dark" de 1973 ganhou uma refilmagem produzida por Guillermo Del Toro.

Criatura do filme original de 1973

A película homônima de 1973, conta a história de uma mulher que é perturbada por criaturas que habitam a escuridão de sua velha casa. A confecção das criaturas pode parecer amadora, contudo funciona perfeitamente. Apesar do enredo simples, o filme tem uma boa ambientação e um ótimo clima. No Brasil o filme foi lançado em VHS como "Criaturas da Noite".

Refilmado pelo diretor Troy Nixey e produzido por Del Toro, "Don´t Be Afraid of the Dark" tem data para estreias; dia 27 de Janeiro de 2011. 

                                                                  
O diretor Troy Nixey impressionou Guillermo Del Toro pelo curta de fantasia, "Latchkey´s Lament" de 2007. 


O pôster e uma imagem da película foram divulgados nessa quarta-feira (21), no prestigiado evento nerd Comic Con 2010, que acontece em San Diego, na Califórnia. Sombrio, o cartaz mostra o desenho de uma garota assustada, e seguida pelas criaturas noturnas. Katie Holmes, que protagoniza o filme, está na primeira imagem divulgada de "Dont Be Afraid of the Dark".



Além de Holmes, o filme conta com Guy Pearce e Bailee Madison. O filme não tem data para estreiar por aqui.

domingo, 25 de abril de 2010

The Deadly Spawn (1983)

Existem filmes de terror muito bons, que mesmo fãs mais assíduos do gênero desconhecem. É o caso de "The Deadly Spawn" de 1983, que foi lançado no Brasil com o infâme nome "O Retorno de Aliens-A Geração Mortal", fazendo clara alusão ao filme "Alien" de 1978.

Apesar da picareta tradução do título nacional, o selo "Elite" lançou com poucas cópias esse filmão de ficção científica e terror, aqui no Brasil. "The Deadly Spawn" não fez muitos fãs por um bom tempo, até que a revista "Fangoria", especializada no gênero, ajudou a popularizar essa riquíssima produção B. Diz a lenda que o filme custou um pouco mais de U$20 mil. De fato tal orçamento me parece muito baixo, devido a qualidade dos efeitos especiais e da excelente concepção do alienígena. De outro lado, esse valor poder ser correto devido às precárias localizações da película, já que 90% do filme se passa dentro de uma única casa.

O enredo da trama é bem simples e manjado. Um meteorito cai em uma região interiorana dos EUA, com pequenas criaturas que só atacam através de sons. Elas invadem uma residência e se alojam no porão. A casa é ocupada por uma família que gradativamente se torna comida do extraterrestre. O diretor Douglas McKeown não poupa o espectador do gore e capricha nos cadáveres sendo comidos pelo monstrengo. Uma das cenas mais legais do filme, é quando o garoto Charles descobre a criatura alienígina no porão e presencia o monstro comendo a cabeça deforme de sua  mãe. Pena que o gurí seja tal ruim como ator, que parece indiferente quanto a terrível situação. Contudo a maquiagem e os efeitos dessa cena são incríveis para uma produção de orçamento paupérrimo.

Não esperem atuações sensacionais ou um enredo genial, mas sim um divertido filme de ficção científica e terror. Com o advento de sites de "torrent" e o lançamento do DVD nos EUA, "The Deadly Spawn" é um filme a ser descoberto por fãs do gênero.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Calafrios (1975)

Fascinado pelas produções baratas da produtora de Roger Corman, "American International Pictures" (AIP), o jovem David Cronenberg escreveu um roteiro de terror, misturado com ficção e erotismo. Evidentemente que "Calafrios" é uma tentativa muito bem sucedida de imitar os filmes da produtora estadunidense. O filme é seu primeiro trabalho como diretor de longas metragem. Como um mero estreiante, o cineasta canadense pecou em alguns detalhes básicos. Por exemplo, as precárias atuações, que segundo ele, era composta por amadores que foram selecionados diretamente da rua. Com exceção de Barbara Steele, "Calafrios" é um festival de rostos deconhecidos e pouco talentosos. Susan Petrie, uma das atrizes do filme, pediu para David Cronenberg lhe esbofetar, afim de faze-la chorar em suas cenas. A atriz que é danada de ruim, só conseguia passar sentimento de tristeza se levasse uma bela de uma surra antes dos takes.  Já o protagonista Dr.St.Luc é interpretado por um canastrão de marca maior chamado Paul Hampton. O homem é comparável à Steven Seagal, em relação a sua pouca expressão. Sua faceta é a mesma; desde quando uma sensual enfermeira se despe em sua frente até quando é perseguido por dezenas de zumbis tarados, tomados por um parasita hospedeiro.

"Calafrios" tem todas as marcas que Cronenberg levaria em seus filmes mais marcantes. Gore, sexo e muita ciência macabra. A película conta a história de um médico que acredita que os seres humanos perderam a excência e o instinto sexual selvagem que tinham nos primórdios. Afim de trazer a antiga luxúria a tona novamente, o médico insere vermes que insitam o sexo dentro de uma paciente. Decepcionado pelos resultados de sua experiência, o velho tenta retirar o verme da cobaia, mas acaba por mata-la e depois se suicida. Contudo, a morte dos dois não é suficiente para a extinção do verme. Consequentemente o parasita se espalha por todo um luxuoso condomínio canadense. A primeira vítima é um homem que mora no local e aparentemente teve relações sexuais com a cobaia do médico louco. Após passar mal e vomitar sangue, sua esposa se preocupa com seu estado de saúde e consulta o Dr.St.Luc, médico responsável pela enfermaria local.

Algumas cenas são memoráveis, como por exemplo aquela em que o pesquisador e amigo do protagonista, visita o condóminio e é subitamente atacado por vermes. Seu rosto então é tomado pelos parasitas que queimam sua face, afim de poder entrar em seu organismo. Desesperado o homem tenta tirar os vermes com um alicate, mas é surpeendido por um dos infectados que além de lhe golpear, enfia um repulsivo bicho goela abaixo.

Apesar de muitas furos no roteiro e atuações sofríveis, Cronenberg inovou ao introduzir ficção científica nessa película de terror B. O filme foi aclamado e foi um sucesso de boca à boca no Canadá e depois nos EUA, chamando atenção dos produtores da Terra do Tio Sam. Os efeitos especiais também são bons para a época e para o orçamento paupérrimo. Aliás, é bom frisar que um dos produtores do longa foi Ivan Reitman. Sim, aquele mesmo que dirigiu os dois "Caça-Fantasmas" e algumas comédias de Schwarzenegger, como "Júnior" e "Um Tira no Jardim de Infância" (blargh).

"Calafrios" é um grande e doentio (no bom sentido) cult, para todos os fãs desse grande cineasta fantástico chamado David Cronenberg.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

A Hora do Espanto (1985)

   A década de 80 para os jovens estadunidenses, foi marcada pelo surgimento da MTV, do videocassete, e do erotismo impregnado em todos os seguimentos do entretenimento. O gênero de horror vivia em 1985 uma pequena baixa, se relacionada ao começo da década onde os "slashers" tomava conta. Tom Holland, ator decadente de séries B para televisão, escreveu e dirigiu um "Fright Night", uma grande homenagem ao vampirismo cinematográfico. O roteiro mescla um humor leve, com efeitos especiais surpreendentes para época. Além de misturar elementos comuns entre os jovens da época, como músicas pop à la MTV, alguns peitinhos de fora e claro uma maquiagem convincente.

O cineasta debutante, que três anos mais tarde criaria o ícone Chucky (Brinquedo Assassino), escalou como o grande vilão do filme, o indicado ao Oscar por "Um Dia de Cão", Chris Sarandon. Boa pinta, o ator interpreta o charmoso vizinho do jovem Charley que é um fanático pelo ex-astro de filmes de terror e apresentador Peter Vincent (clara homenagem à Cushing e Price). O rapaz namora a virginal Amy, sua namorada de longa data. Certa noite Charley presencia uma cena inusitada, quando dois homens, recém chegados na casa ao lado, carregam um caixão para o porão vizinho. Curioso, o jovem decide besbilhotar o novo morador, pela janela de seu quarto.Charley nota que algo está muito errado, quando duas mulheres que entraram na casa do seu vizinho, são achadas mortas.

Jerry Dandridge é o nome do galante e misterioso homem que mora ao lado do adolescente, e descobre que está sendo observado pelo rapaz. A partir dai, Jerry mostra sua verdadeira face vampiresca  à Charley, afim de exterminar de vez com o problema de ser descoberto. Apesar de uma tentativa frustrada, o vampiro ameaça o adolescente de morte. Com ajuda de sua namorada, do amigo "Evil", e de seu ídolo Peter Vincent (Roddy McDowall), Charley busca matar a "criatura da noite" que mora na casa ao lado.

Depois de vilões como Jason Vorhees, Freddy Kruger e Mike Myers, "A Hora do Espanto" começou uma bem sucedida carreira de vampiros nas telas oitentistas. Películas como "Os Garotos Perdidos" e "Quando Chega a Escuridão" (da diretora recém oscarizada Kathryn Bigelow) viraram clássicos juvenis graças à película de Tom Holland. A ligeira comédia, somada aos ótimos efeitos especiais, conquistou uma legião de fãs que admiram o filme até hoje, consagrando como um dos melhores do gênero na década de 80. Dada a merecida homengam, o personagem Peter Vincent certa hora menciona que o público mais novo não acredita em vampiros e sim em homicidas mascarados. Clara alusão aos "slashers" que dominava as telas de cinema. Mas com toda a certeza, a partir de "A Hora do Espanto", os jovens passaram a ver com mais atenção os famigerados dentuços que existem desde os primórdios do cinema.

sexta-feira, 26 de março de 2010

A Casa do Diabo (2009)

Ti West é um jovem cineasta do interior do EUA, que brevemente será reconhecido como um expoente entre uma nova geração de diretores de terror. Em 2005, debutou com um filme de baixíssimo orçamento chamado, "The Roost". A película não vingou, contudo impulsionou o rapaz a criar mais um longa metragem. Graças à festivais de filmes fantásticos e independentes, "The House of the Devil", causou certo alvoroço e ganhou bastantes elogios. Também puderá, com a simplicidade de uma película oitentista, um clima tenso e incômodo e uma trilha sonora arrebatadora, West criou uma sensação na cena underground de horror.

Samantha é uma universitária que muda-se para uma nova pensão. Encantada com a nova moradia, a jovem trata de buscar um emprego o mais rápido possível, para pagar o tão sonhado aluguel de seu pequeno espaço. Após uma andança na cidade que reside, Samantha lê em um panfleto que precisa-se de uma babá e logo prontifica-se à telefonar para o número impresso no papel. Após receber uma resposta positiva, a universitária dirigisse para a inóspita residência que vai trabalhar por quatro horas. Sua melhor amiga Megan lhe dá carona para o local, apesar de sua desconfiança quanto aquele misterioso trabalho. Coincidentemente (ou não), a noite será marcada por um eclipse, que cobrirá a lua por horas.

Ao chegar no local, as jovens são recepcionadas por um homem muito alto e magro, que apoia-se em uma bengala. Ele oferece U$400 para Samantha, afim dela passar quatro horas com a velha sogra moribunda. Megan deixa a amiga na casa e dirige-se a um cemitério local. Enquanto isso, a outra universitária tenta passar o tempo com o que pode. Joga sinuca, dança ouvindo walkman (sim, o filme se passa na década de 80), pede pizza de pepperoni, entre outras coisas. Contudo, Samantha não sente-se segura na velha casa. Há algo de muito estranho no local que a incomoda.

Dos 90 minutos da película, posso afirmar que apenas os 10 últimos são efetivamente considerados terror. O clima "paradão" de quase toda película contribui para o desfecho perturbador e satânico. Com uma pitada de gore, "A Casa do Diabo" oferece uma violência bem equilibrada e nada gratuita, além de pequenos toques de humor. Aliás, pode-se dizer que o diretor e roteirista criou um filme no ponto. Apesar de não ser uma obra-prima do gênero, o longa é uma boa homenagem à clássicos oitentistas, onde o clima era o que mais interessava na história. A simplicidade do roteiro também é uma marca desse filme, pois não temos reviravoltas nem nada de muito novo. Entretanto os clichês são quase nulos, tornando "A Casa do Diabo" em uma pepita de ouro meio à cine-séries de "Torture porn" ou remakes hollywoodianos de bons (nem sempre) filmes estrangeiros.

A trilha sonora ajuda no climão pesado do filme. Fazia muito tempo que não ouvia nada tão bom no cinema de terror. De fato é um dos melhores "score" da década passada. Impressionante, ainda mais tratando-se de uma produção independente e de baixíssimo orçamento. "A Casa do Diabo" é um bom filme que tem fortes pretensões a se tornar um cult, tal como "Cabana do Inferno" de Eli Roth. Por falar nesse filme de 2003, Ti West, diretor de "The House of the Devil", dirigiu a continuação da película de Roth. Apesar de eu ainda não ter visto, posso afirmar que a opinião do povo não é das melhores. O novato cineasta em menos de um ano, criou um cult e dirigiu um "pepino". Quem sabe ele nos surpreenda positivamente no próximo trabalho?!
 

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